Lapdock Motorola para Atrix MB860 é um corpo sem cérebro

Alguém lembra do Palm Folio, espécie de netbook sem cérebro da Palm, que só funcionava junto ao PDA? Trata-se daquele aparelho que foi um fracasso tão grande que nem chegou a ser lançado, uma das âncoras que afundou a Palm e levou à compra da empresa pela HP.

Pois é, quando todos achavam que ninguém teria coragem de ressuscitar um projeto desses, a Motorola foi e criou o lapdock, uma base sem cérebro que só funciona com o Atrix conectado. Este lapdock, por sua vez, é bem simpático e útil.

O design é fino, bonito e discreto, sendo revestido todo de aço escovado, o que impede marcas de dedos. Incomoda um pouco apenas a traseira do aparelho, que fica “para fora”, como um rabo. E é nesse local que desdobramos uma porta para conectar o Atrix - a única parte do aparelho que esquenta.

Há um trackpad bem espaçoso, botões de mouse e bastante espaço para apoiar as mãos. Apesar de ser apenas um acessório, ele possui tela de 11,6 polegadas com resolução de 1366 x 768 pixels, deixando-o bem grandinho a ponto de pesar pouco mais de 1Kg. Isso é praticamente o mesmo peso do MacBook Air, que traz processador e tantas outras coisas embutidas.
Atrás encontramos duas portas USB, sendo possível conectar um mouse, teclado ou impressora. O teclado é simples e confortável, com teclinhas no estilo chiclete ligeiramente afundadas e bem espaçadas. Não há tecla Windows ou Command, porque não há qualquer sistema operacional desse tipo.
Foi bem difícil conectar o Atrix nele, requer todo um “jeitinho” para encontrar a melhor posição para as conexões microUSB e HDMI. Depois de plugado, o lapdock se liga. Não há qualquer botão de energia e apresenta um desktop muito parecido com vários sistemas operacionais, possuindo até um dock na parte inferior da tela.

USO com Atrix

A Motorola não informa o que roda precisamente no lapdock. Uma pesquisa na Internet informou que se trata de uma versão do Linux bem básica, virtualizado totalmente pelo Atrix no aplicativo Webtop, o cérebro do conjunto. Mesmo sendo um Linux, nem pense em tentar instalar qualquer coisa no lapdock, pois não é possível. Deveriam ter instalado logo um Chrome OS, já que o funcionamento de ambos é muito parecido. E o Atrix é um Android. Tudo o que você fizer deverá ser no aparelho conectado, nos dispositivos externos ou direto na nuvem.
Dispõe de apenas alguns aplicativos, que visam facilitar a vida do usuário. Um deles abre a tela do telefone dentro do computador, permitindo acessar qualquer coisa nele. Há, também, um gerenciador de arquivos – que funciona com o Atrix e com pen drives e HDs –, um pad telefônico, agenda, mensagens, central de lazer e até um Firefox completo, versão 3.6.16.

Uma de suas principais funções é a de entretenimento. A interface de lazer possibilita navegar por vídeos, músicas e fotos de forma fácil. O Atrix permite que sejam exibidos filmes em Full HD, que são bem exibidos no display. O som é baixo, mas com ótimo estéreo.

Se você está navegando no Atrix, a página é passada ao lapdock quando a conexão é realizada. A função de utilizar o browser deve ser a principal para este aparelho. Proporciona navegador completo, alta definição e Flash Player 11. Seu desempenho foi como esperado. Apesar de passar vídeos, músicas e fotos sem problemas, ele é um pouco lerdinho para abrir aplicativos e navegar no smartphone. Aceitável, já que é o processador do Atrix que está tomando conta de tudo.

É importante notar que o lapdock só funciona com o Atrix conectado. Sem o smart, ele se desliga na hora. A bateria de três células permite até oito horas de uso, e uma fonte exclusiva do lapdock deve ser usada para recarregá-lo, mas não necessariamente para usá-lo.
O aplicativo Webtop, permite que, caso alguém te ligue enquanto o aparelho estiver conectado, a um dock ou lapdock, a ligação não se perca. Basta desconectar o aparelho e atender a chamada. Ou atender na base mesmo, usando um vivavoz. O Webtop guarda todas as suas configurações, não importa onde você o conecte para usar o Atrix.

Ficha Técnica

Tela	11,6 polegadas
Resolução máxima	1366 x 768 pixels
Sistema operacional	Linux
Memória RAM	n/d
Vídeo	n/d
Mídia ótica	não
Armazenamento	não
Webcam	não
Conectividade	USB, microHDMI
Peso	1kg
Autonomia de bateria	oito horas
Itens inclusos	lapdock, cabo de energia

Lenovo lança IdeaPad Y470p com Radeon 7690M

A Lenovo aumentou a linha de notebooks IdeaPad com o Y740p. Segundo a Lenovo, a vocação do portátil é mais gamer que seu antecessor, o Y740. E a julgar pela GPU adotada, a fabricante chinesa não está longe da verdade: sai a Geforce GT 520M do modelo anterior para dar lugar a uma AMD Radeon HD 7690M, muito mais potente e com 1 GB de RAM.

Fugindo um pouco do paradigma dos laptops para gamers e aplicações mais sérias, o novo IdeaPad consegue ser bastante compacto, sobretudo em comparação com seus concorrentes diretos. O notebook oferece uma tela de 14 polegadas com resolução máxima de 1366 x 768 pixels. Dada a dimensão da tela, não faria sentido nada muito maior do que isso.

Em termos de processador, o Lenovo embarca um dos mais equilibrados modelos da Intel na arquitetura Sandy Bridge. O Core i7 2670QM, cujo core bate a 2.2 GHz. O processador quad-core dispõe de aceleração por Turbo Boost para alcançar 3.1 GHz sob demanda e dissipa 45 W. À parte de tudo isso, a unidade carrega uma GPU Intel HD Graphics 3000 que pode ser acionada para economia de bateria do IdeaPad. Em termos de memória RAM, são 8 GB e o HD é de 750 GB.
O restante das configurações do novo Y470p não são tão empolgantes. O Bluetooth, por exemplo, é de segunda geração. A webcam é de 2 megapixels. Ponto positivo é a boa provisão de portas USB: duas 2.0 e duas 3.0 (uma delas opera como eSATA também). A bateria é de seis células que, segundo a Lenovo, é capaz de levar o conjunto a 4 horas de autonomia. O novo IdeaPad Y470p já está disponível no site da Lenovo.